A indústria de celulose retém, em seus produtos, apenas 0,3% da água utilizada. Do restante, 80% retorna à fonte de onde foi captada, dentro dos padrões legais de qualidade.
Relatório Ibá, 2020.
As empresas recebem outorga para uso da água e cumprem a legislação, procurando constante redução do consumo e aumento na reciclagem interna da água.
Diversas empresas do setor celulósico-papeleiro já calculam sua “pegada hídrica”, que é uma ferramenta de controle muito válida para se calcular e acompanhar as quantidades captadas, utilizadas e retornadas ao ambiente pelas empresas, tanto nas fábricas quanto nas florestas.
A prática da ecoeficiência é muito comum nesse setor, que busca a contínua redução de consumo de recursos naturais, entre os quais a água.
“A indústria de celulose e papel há muito tempo se destaca por seu comprometimento com ações de redução de consumo de água em seus processos, posicionando-se como um setor que age preventivamente e tem planos, ações, desenvolvimentos tecnológicos, pesquisas e inovações em favor do uso efetivamente otimizado do insumo”.
ABTCP, 2015.
A constante busca por práticas mais eficientes no uso da água pode ser comprovada com números: nos anos 1960, por exemplo, o consumo específico dos processos de celulose apresentava valores em torno 200 m³/tsa (tonelada de celulose seca ao ar), ao passo que, atualmente, existem novos empreendimentos que apresentam consumo específico em torno de 20 m³/tsa.
Revista O Papel, maio 2015.
As áreas escolhidas para plantações de árvores para a indústria de papel e celulose são, normalmente, áreas degradadas. Mesmo que existam remanescentes de matas nativas nas propriedades que serão reflorestadas, elas são imediatamente incorporadas pelos Planos de Manejo como áreas de reserva ou de proteção permanente.
Com essas práticas e ações conservacionistas, o setor de florestas plantadas se converteu num dos maiores protetores de florestas nativas dentro do agronegócio brasileiro.
Bacias hidrogáficas e pântanos cobertos por florestas fornecem 75% da água doce acessível do mundo para necessidades domésticas, agrícolas, industriais e ecológicas. As florestas influenciam na quantidade de água disponível e regulam os fluxos de águas superficiais e subterrâneas, mantendo a mais alta qualidade. As florestas reduzem os efeitos das inundações, previnem e reduzem a salinidade e a desertificação das terras áridas. As florestas atuam como filtros naturais de água, minimizando a erosão do solo no local e reduzindo os sedimentos nos corpos d’água.
European forest sector press release, 2016.