RESPONSÁVEL: The Two Sides Team 06/12/2017
Vários jornais impressos, veículos do meio televisivo e portais de notícias na web divulgaram nos últimos dias a notícia sobre o encerramento, no dia 30 de novembro deste ano, da publicação em papel do Diário Oficial da Nação. Uma das justificativas que tem sido mais usada é que essa decisão também é benéfica para o meio ambiente pois eram consumidas 720 toneladas de papel por ano, o que corresponde a quase 11 mil árvores para imprimir o Diário Oficial da União.
Não é verdade. O argumento induz a erro. O papel é reciclável e renovável, e faz bem ao planeta.
Diferentemente do que se acredita, a produção de papel não devasta florestas nativas, visto que a celulose utilizada no Brasil vem 100% de árvores plantadas para esse fim. Além das plantações de eucalipto e pinos, espécies exóticas, a indústria brasileira de celulose conserva extensas áreas de matas nativas, ou seja, encoraja e depende do gerenciamento de práticas florestais sustentáveis, geradoras de milhões de árvores todos os anos. As árvores são consideradas verdadeiras “aspiradoras de CO2”. Portanto, quanto mais árvores são plantadas para a fabricação de celulose e, consequentemente papel, melhor é para o meio ambiente.
O papel vem de fonte renovável e sua taxa de reciclagem no Brasil chegou a 63% em 2016, além de sua produção envolver uma alta porcentagem de energia renovável.