RESPONSÁVEL: Equipe Two Sides Brasil 28/07/2020
Os segmentos de celulose, papel, comunicação impressa e embalagens se reuniram para lançar uma campanha conjunta de valorização dos produtos feitos a partir de árvores cultivadas. A campanha destaca as qualidades ambientais desses materiais – oriundos de fontes renováveis, muito reciclados e biodegradáveis. O esforço reúne quinze entidades da cadeia, entre elas Two Sides Brasil, que já desenvolve esse trabalho de comunicação e esclarecimento desde 2014.
Celulose, papel, cartão e papelão são produzidos no Brasil exclusivamente a partir do cultivo de árvores, o que dá uma enorme contribuição no combate ao aquecimento global. Além disso, as indústrias da cadeia de produção são responsáveis pela geração de milhões de empregos diretos e indiretos, balanço de exportações positivo e alta arrecadação de impostos. Trata-se de um setor da maior relevância para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e internacionalmente reconhecido pelas suas vantagens ambientais.
Com o mote #SouMaisPapel, foram desenvolvidos materiais para Facebook, Instagram (feed e stories) e Whatsapp, cobrindo doze diferentes temas, como clima, água, energia, sustentabilidade, biodiversidade, entre outros.
Por Manoel Manteigas de Oliveira
Muita gente ainda fica surpresa quando descobre que a fabricação e o uso de papel, cartão e papelão faz crescer as florestas e a quantidade de árvores. Todos sabem que papel é feito de árvores. O que nem todos sabem é que essas árvores são plantadas para essa finalidade.
Da mesma forma como se cultiva algodão para a fabricação de tecidos, ou cana, para produção de combustível, cultivam-se árvores para a produção de celulose e papel. Se o consumo de tecidos de algodão aumentar, será necessário ampliar as plantações para atender à demanda crescente. Se aumentar o consumo de álcool combustível, será necessário plantar mais cana. Da mesma forma, se mais pessoas utilizarem papel, mais árvores terão que ser cultivadas.
Por que é necessário cultivar as árvores que serão usadas para produzir celulose e papel? Não seria mais fácil usar as árvores nativas que já existem? Teoricamente, é possível obter celulose a partir de qualquer vegetal. No entanto, para que o processo industrial seja eficiente e financeiramente rentável, é obrigatória a utilização das espécies adequadas. É também indispensável que as árvores sejam o mais homogêneas possível. Para garantir o suprimento das árvores certas e todas homogêneas, os fabricantes de celulose têm que cultivá-las. É como cozinhar feijão: não dá certo misturar, na mesma panela, variedades diferentes, ou grãos mais novos com grãos mais velhos.
No Brasil, as árvores usadas como matéria prima para celulose e papel são o eucalipto e, em menor quantidade, o pinus. O eucalipto é australiano e o pinus é norte-americano. Não há essas espécies nas matas nativas brasileiras. Essas árvores só existem aqui se forem plantadas. Para crescer, elas retiram carbono da atmosfera, ajudando a amenizar o efeito estufa e as mudanças climáticas. Temos hoje 2,7 milhões de hectares de plantações para papel. São cerca de quatro bilhões de árvores que estão ajudando a melhorar o meio-ambiente.
Essa área é muito pequena – 0,32% do território nacional e menos de 1% das áreas utilizadas para atividades agropecuárias. Por isso, não se pode dizer que essa atividade agrícola dispute espaço com outras culturas.
O papel é intensamente reciclado. No Brasil, segundo a Associação Nacional dos Aparistas – ANAP – a taxa de reciclagem chegou a 68,7% em 2018. E o que não é reciclado tem impacto ambiental mínimo porque é biodegradável.
Não há provas de que a mídia eletrônica seja melhor para o meio ambiente. Os equipamentos eletrônicos são de difícil reciclagem e descarte. Os centros de computação (a famosa “nuvem”) consomem imensas quantidades de energia e são responsáveis indiretamente por grande emissão de CO2. Segundo a Yale University, esses centros já consomem 2% de toda a energia mundial e essa taxa cresce rapidamente. Além disso, produzem tanto CO2 quanto o segmento de aviação. Por outro lado, há fortes evidências de que o papel é uma mídia mais sustentável em termos ambientais.
Apesar disso, muitas empresas oferecem substitutos ao papel, com argumentos de “salvar árvores” e “preservar o meio-ambiente” quando, na verdade, seu principal objetivo é reduzir custos de operação ou vender seus produtos e serviços. Trata-se, portanto, de propaganda enganosa, que usa falsos argumentos ambientais, conhecida em inglês como “greenwashing”. Mas a verdade é que papel produz e conserva florestas!
Por Adriana Maugeri – Presidente executiva da AMIF
Assunto atual e de extrema relevância e prioridade de governos, empresas e sociedade é a conservação dos recursos naturais, principalmente após enfrentarmos a maior pandemia da história. Não restam mais dúvidas sobre a inadiável responsabilidade global em promover e incentivar a proteção ambiental como forma de reduzir riscos à saúde e assegurar a necessária recuperação econômica.
No papel conservacionista, o setor de florestas plantadas pede a dedicação e a atenção da sociedade para sua proposta. Em Minas Gerais, a maior cultura agrícola estadual produz 2,3 milhões de hectares de florestas para prover madeira sustentável à sociedade, ao passo em que conserva mais de 1,3 milhão de hectares vegetação nativa.
O setor de florestas plantadas cultiva árvores que, com o auxílio da ciência, são melhoradas para que se adaptem aos diferentes climas e demais condições físicas em constante alteração, de modo a produzirem madeira de qualidade e de forma renovável. A relação entre as florestas plantadas e as e matas nativas é simbiótica no modelo de manejo que o setor adota: protegem, oferecem serviços ambientais, amenizam o clima, protegem o solo e os recursos hídricos, entre outras vantagens. Mas, lamentavelmente, ainda existem aqueles que insistem em produzir de forma inadequada e em desrespeito às regras ambientais. Não se deve desclassificar uma atividade econômica tomando por referência os maus representantes, que devem ser excluídos e devidamente responsabilizados. Quem planta florestas de forma responsável não desmata, ao contrário, utiliza áreas que já passaram pela intervenção e uso humano, também conhecidas como áreas consolidadas.
É inadiável e imprescindível a união de esforços efetivos entre o setor produtivo, governo e sociedade para combater a perda de recursos naturais que nos coloca diante de inúmeros riscos, alguns irreversíveis, como o aquecimento climático e a escassez hídrica.
As florestas plantadas são escudos às matas naturais, mas também sofrem e correm os mesmos riscos, porque também são formadas por árvores que, mesmo de espécies diferentes, padecem frente à perda dos recursos naturais necessários. A conservação e o enfrentamento à crescente e ameaçadora perda ambiental é prioridade do setor, que precisa da qualidade de clima, água, solo, nutrientes e fauna para garantir o suprimento de madeira demandado pela sociedade e, desta forma, proteger a pressão que as florestas nativas recebem por quem ainda não despertou para a promoção ambiental.
Em Minas Gerais, uma das mais claras ameaças às florestas são os incêndios, em sua maioria causados pelo homem, que consomem, de forma crescente, ano após ano, centenas de milhares de hectares de vegetação, provocando a perda de vida, material genético, animais, moradias, empobrecimento de solo, alteração climática, doenças respiratórias, perda de água e do investimento de homens e mulheres que acreditam na produção de árvores como atividade econômica limpa e renovável.
Somente teremos uma sociedade saudável se, de fato, formos um planeta saudável. A aliança necessária entre a conservação ambiental, a promoção da vida humana e a vigilância climática deve ser o centro das decisões estratégicas para a agenda da recuperação econômica de quem acredita que ainda há esperança. Bons exemplos não faltam e buscam retribuir a sua atenção e confiança com sustentabilidade socioambiental, promovendo o novo e desejado desenvolvimento econômico verde.
Por Paulo Cesar Nunes Azevedo – presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor)
Nestes tempos de pandemia foi necessário analisar sob vários aspectos o que é essencial em nossas vidas. Para definir o essencial, é indispensável identificar o que nos faz falta. Quanto mais conhecimento houver inerente numa coisa, tanto mais amor. O amor é o sentimento que leva uma pessoa a desejar o bem a outra ou a uma coisa. Segundo Erich Fromm, o amor não é algo espontâneo, ele deve ser aprendido. Conhecer, aumenta nosso amor.
Amamos nossas vidas e buscamos preservá-las. Por isso estamos incorporando novos hábitos, como a proteção por máscaras. Se o aumento de demanda por elas foi logo suprido pela indústria, especialmente a de papel, ficou evidenciado o quão necessário para nós é esta matéria-prima. Se o papel sempre foi algo de extrema importância na história do homem, hoje, ele é essencial. Sendo assim, é essencial toda a cadeia produtiva de base florestal. Todos os plantadores de árvores das quais se aproveita a fibra de celulose e empresas de transformação que elaboram centenas de produtos igualmente essenciais.
São essenciais porque o enfrentamento da pandemia também requer papel toalha, lenço, guardanapo, papel higiênico, tantos outros materiais absorventes a partir da fibra de celulose ou mesmo a celulose solúvel que encapsula remédios. Papel ainda para embalagens de remédios, para caixas utilizadas no transporte de todos estes e outros materiais.
O cotidiano da casa e do trabalho é possibilitado pela existência de produtos dessa indústria. Alimentos, remédios e produtos de limpeza chegam até aos supermercados e farmácias e depois também às residências pelas compras online nas caixas de papelão ou pelo delivery em sacos e sacolas de papel. O valor de produtos com origem florestal também está na educação, informação e documentação, através dos cadernos, livros e tantos tipos de materiais impressos de divulgação, de correspondência, de ordem legal e fiscal e para uso em escritório.
Mesmo objetos que chegaram a ter uso reduzido, caso de copos e canudos, voltam a ter valor porque são feitos com papel e celulose que provêm 100% de plantios renováveis. Eucaliptos, pínus, acácias e outras árvores são plantadas, colhidas e replantadas com práticas sustentáveis, cumprindo a legislação ambiental, com acordos ambientais internacionais e gerando desenvolvimento social. Mais da metade das áreas com plantação de árvores possui certificação ambiental internacional e esse número cresce a cada dia. As plantações florestais atendem sustentavelmente as demandas da sociedade e reduzem a pressão que recairia sobre as florestas nativas.
Quanto mais conhecemos o papel, maior é o nosso amor por ele. Estamos sempre preocupados com nosso papel, seja ele social, ambiental e econômico. Seguimos trabalhando porque temos nosso papel a cumprir de manter a cadeia de suprimentos para que o alimento, o remédio, o produto de limpeza, o equipamento de proteção ao profissional da saúde e de outras atividades, a energia e a comunicação cheguem ao maior número de pessoas no Brasil e no mundo.
Desenvolva o amor. Conheça seu papel.
Por Mauro Murara Júnior – Engenheiro florestal e diretor executivo da ACR
O extrativismo vegetal, que se intensificou no início da década de 1970 em Santa Catarina, contribuiu para uma imagem negativa do setor florestal. Com as novas tecnologias e as espécies utilizadas atualmente o extrativismo deu lugar ao conservacionismo.
Temos hoje em Santa Catarina aproximadamente 850 mil hectares de florestas plantadas, principalmente com pinus e eucalipto e uma parcela pouco significativa de espécies não tradicionais. Isso representa cerca de 6,1% do território catarinense. No Brasil todo, menos de 1% da superfície territorial é ocupada com florestas plantadas. Em comparação com outras atividades do agronegócio, a silvicultura é uma das que ocupa as menores áreas.
Em virtude da legislação ambiental, federal e estadual, que restringe e protege componentes da paisagem, como Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL), as propriedades para uso intensivo com florestas plantadas não ultrapassam 50% da superfície do imóvel. Os outros 50% são utilizados por APP e RL, que são compostas por olhos d´água, nascentes e margens de cursos hídricos. Em nascentes o raio da área protegida é de 50 metros. Nos cursos hídricos ela pode chegar a 30 metros de largura. As Reservas Legais são compostas por florestas naturais conservadas e ocupam 20% da área do imóvel. Uma Reserva Legal, diferente da APP, pode receber manejo florestal, o que acontece de forma sustentável.
O levantamento mais recente sobre a vegetação nativa do estado de Santa Catarina foi feito pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), junto com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE). Neste estudo foi identificado que 31% da superfície territorial do estado de Santa Catarina é composta por florestas nativas em estágio secundário. Isto é: estágio avançado de recuperação. São espécies mais adaptadas e evoluídas, árvores com ciclo de vida mais longo. O solo está em equilíbrio e em processo de recuperação. Estes bons indicadores ambientais refletem não só a flora, mas em toda a biota destes 31% de cobertura territorial com vegetação nativa.
Santa Catarina tem alguns casos de sucesso dentro do sistema de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). O mais simbólico é o da Bacia Hidrográfica do Rio Vermelho, que abrange os municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho. O programa contribuiu significativamente para resolver a falta de abastecimento de água. Em períodos curtos de estresse hídrico, São Bento do Sul vinha sofrendo com cortes ou racionamentos. Implantado já há mais de 10 anos, vem dando ótimos resultados. Empresas associadas à ACR e que têm propriedades dentro da Bacia do Rio Vermelho, recebem pela manutenção e restauração de áreas, principalmente em APP, às margens de cursos hídricos. Algumas empresas chegam a receber até R$ 6 mil ao ano através do sistema de PSA.
A importância do setor de base florestal, tanto na conservação dos recursos naturais, quanto na manutenção da vegetação nativa e restauração da paisagem é evidente. Podemos afirmar, com orgulho e sem medo de errar, que Santa Catarina e as empresas de base florestal organizadas estão fazendo um trabalho exemplar.
Por Gilmar Dadalto, presidente executivo do CEDAGRO
O setor florestal, baseado em florestas plantadas vem ganhando reconhecimento pela sua importância e contribuição ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do País. As plantações florestais têm promovido mudanças em economias regionais e locais, o que tem provocado o aumento das oportunidades de trabalho e o aquecimento da economia. O setor também investe em projetos sociais que beneficiam agricultores familiares e comunidades locais. Além disso, é considerado um setor essencial para a população, pois produz matéria prima para a fabricação de vários produtos de embalagem, higiene pessoal, limpeza e de saúde, a exemplo do papel higiênico, papel toalha, fralda descartável, desinfetante e máscaras de proteção, tão necessárias e demandadas.
A participação das empresas de base florestal vai além das questões socioeconômicas. Restaurar florestas ambientais é uma atividade presente. As empresas já promoveram a restauração de cerca de 5,6 milhões de hectares em Áreas de Preservação Permanente – APPs, Reserva Legal – RL e Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN (IBÁ, 2018). Em média, a cada 100 ha de florestas plantas 72 ha são restaurados/conservados. O setor, de modo geral, destina cerca de 42% da sua área total para fins de conservação ambiental.
No Estado do Espírito Santo os indicadores de restauração e conservação são semelhantes quando comparados com os de nível nacional. O Estudo denominado “Atlas da Mata Atlântica do Estado do Espírito Santo” publicado em 2018, mostra que as áreas ocupadas por florestas nativas em estágio médio/avançado de regeneração tiveram um aumento efetivo de 27.179,5 hectares, considerando dois períodos avaliados (2007/2008 e 2012/2015). Isso equivale, em média, a um incremento aproximado de 3.883 ha anualmente. Destaca-se que o desmatamento nesse Estado é praticamente zero.
Uma parcela do crescimento da cobertura florestal nativa protegida, observada naquele estudo, pode ser atribuída às ações das empresas de base florestal na conservação e restauração de florestas naturais. Nas principais regiões de atuação das empresas de base florestal, encontram-se as maiores florestas regeneradas e conservadas do Espírito Santo (CEDAGRO, 2014).
As áreas reflorestadas ambientalmente e preservadas pelas empresas de base florestal contribuem com o equilíbrio ecológico, servido também como fonte de sementes e propágulos vegetativos para a regeneração natural de florestas. No Espírito Santo, essa contribuição é significativa, onde aproximadamente 61% do território capixaba apresenta alto potencial de regeneração natural (CEDAGRO, 2014)
Além da restauração, podemos citar o papel das florestas plantadas pelas empresas para a proteção do solo e recarga hídrica. Independentemente de a floresta ser nativa ou exótica plantada, sendo essa última a base de matéria prima para as indústrias de celulose, serrarias, entre outras, florestas protegem o solo e recuperam áreas anteriormente consideradas degradadas. Estudos mostram que em 1992 existiam cerca de 600 mil ha de áreas agrícolas degradadas no estado do Espírito Santo. No ano de 2012 as áreas degradadas reduziram para 393 mil ha, em função, principalmente, da substituição parcial de pastagens degradadas por eucalipto.
Nesse tema, podemos dizer que solo protegido é sinônimo de infiltração de águas da chuva, que alimentem o lençol freático. Esses fatores contribuem para minimizar os efeitos de eventuais déficits hídricos, preservação da fertilidade do solo, redução das áreas degradadas, redução de assoreamentos e melhoria geral do regime hidrológico das bacias hidrográficas.
Florestas plantadas, conservação de florestas e restauração ambiental são vertentes igualmente trabalhadas pelas empresas de base florestal. Com essa atuação, tem-se ganhos ambientais, econômicos e sociais para toda a nação brasileira.
Por Gabriella Michelucci – Presidente da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO)
Das frutas que chegam no mercado a caminho da residência do consumidor final ao prato do restaurante favorito, via delivery, passando pela última compra pelo comércio eletrônico, boa parte do que consumimos é embalado por embalagens de papel e papelão ondulado
Procure se lembrar: o último produto que você comprou, sobretudo se veio satisfazer as necessidades básicas de consumo (e de felicidade), na perspectiva do isolamento social, foi enviado para você em uma embalagem de papel ou de papelão ondulado.
O papel está em toda parte, na vida e, claro, também na economia. Seja na embalagem de sackraft que leva a farinha de trigo às padarias ou para embalar o novo computador que chegou em sua casa. Ele embala produtos e necessidades.
A embalagem de papel é biodegradável, reciclável, compostável e de fonte renovável. Na medida que o mundo avança em direção da economia circular – conceito que propõe novas maneiras de produzir e consumir gerando recursos para o planeta a longo prazo – evoluímos.
Pela origem. 100% do papel produzido no Brasil vem de árvores cultivadas ou a partir de embalagens pós-consumo, com a reciclagem. Atualmente são 5,6 milhões de hectares conservados* em Áreas de Preservação Permanente (APP), Reserva Legal (RL) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), segundo dados do Ibá ( Associação Brasileira de Árvores ) . Para efeito de comparação, essa área é maior do que o Estado do Rio de Janeiro.
Em busca de produzir mais com menos, o setor procura manter sua conduta sustentável e fazer uso racional dos recursos naturais.Nessa correnteza, a água também é uma preocupação importante. Do total captado pela indústria na natureza, 80% é devolvido, tratado* – muitas vezes retornando para o curso dos rios com uma qualidade melhor do que a que foi captada. 19,7% evapora e apenas 0,3% é, de fato, consumida, ficando retida no produto.
As aplicações, como podemos observar em nosso cotidiano, são múltiplas: da embalagem que você recebe em casa até o bloquinho de anotações. Nesses dias de isolamento social, a praticidade e a utilização do papel são reforçadas com o aumento da demanda de compras online e entrega de alimentação em geral – aqui, a embalagem de papel tem posição de destaque na hora de embalar as comidas e bebidas.
Depois de todo esse processo e do uso, vem a reciclagem. O Brasil figura entre os principais países recicladores do mundo com 4,2 milhões de toneladas de embalagens pós consumo de papelão ondulado e cartão retornando para o processo produtivo em 2018*. A taxa de recuperação de papel produzido no Brasil para embalagens é de 80%.
O papel está presente até mesmo no momento do lazer. São inúmeras histórias de músicas que foram escritas em guardanapos de papel, ideias de séries que foram anotadas em um bloquinho depois de uma noite mal dormida, mas cheia de imaginação, que deram origem aos personagens das telas.
Muito do resultado do trabalho criativo que desfrutamos nas nossas horas vagas usaram o papel como meio de transporte entre a mente do artista e os seus sentidos. O papel (em suas diversas aplicações) é renovável. E embala ideias. Ainda está para ser criado algo mais útil e sustentável que o papel.
*Dados Ibá, Indústria Brasileira de Árvores
“Pela primeira vez se unem em uma campanha de comunicação quinze entidades da cadeia produtiva que têm como base as árvores cultivadas para fins industriais. Este é um setor que dialoga com o futuro e constitui importante ferramenta para o combate dos impactos das mudanças climáticas. Seus produtos são opções relevantes para a demanda de consumidores preocupados com a sustentabilidade e que buscam produtos de base renovável, recicláveis, biodegradáveis e muitas vezes compostáveis. Com atuação alinhada à bioeconomia e com investimentos em ciência e tecnologia, o setor já vislumbra novos usos da celulose na indústria farmacêutica, química e até mesmo têxtil. Hoje a viscose já é uma alternativa, mas em breve haverá ainda mais opção vinda da madeira que revolucionará este mercado”, afirma Paulo Hartung, presidente executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).
Para Fabio Arruda Mortara, diretor executivo de Two Sides Brasil: “O papel tem uma enorme importância para a humanidade, como instrumento de aprendizagem, cultura, embalagem, transporte, higiene, lazer, fé, informação e entretenimento. O papel tem também uma formidável história ambiental para contar e essa história agora ganha a força da coesão de quinze entidades em seu favor, a favor do papel”.
A cada semana será abordado um tema com diversos materiais de suporte, cards, gifs, vídeos, para as mídias sociais, como Facebook, Instagram e Whatsapp, e artigos e vídeos das entidades para as mídias tradicionais e canais institucionais, como LinkedIn. A amplitude de entidades participantes e produtos darão corpo à ação e levará a mensagem a um público amplo.
Liderada pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), associação nacional do setor de árvores cultivadas, a campanha também foi desenvolvida e é apoiada pelas entidades setoriais Abigraf (Associação A Associação Brasileira da Indústria Gráfica), ABPO (Associação Brasileira de Papelão Ondulado), ABTCP (Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel), ANAP (Associação Nacional dos Aparistas de Papel) e Two Sides. Junto a elas, nove associações representativas estaduais massificarão as mensagens regionalmente: ABAF (Associação Baiana de Empresas de Base Florestal), ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais), Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais), AMIF (Associação Mineirada Indústria Florestal), APRE (Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal), Arefloresta (Associação dos Reflorestadores do Mato Grosso), Cedagro (Centro de Desenvolvimento do Agronegócio), Florestar (Associação Paulista dos Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas) e Reflores MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas).
Two Sides é uma organização global, sem fins lucrativos, criada na Europa em 2008 por membros das indústrias de base florestal, celulose, papel, cartão e comunicação impressa. Atua no Brasil desde 2014 e na América Latina a partir deste ano. Two Sides, a mais importante iniciativa do setor, promove a produção e o uso conscientes do papel, da impressão e das embalagens de papel, bem como esclarece equívocos comuns sobre os impactos ambientais da utilização desses recursos.
Para obter mais informações ou para saber mais sobre Two Sides, entre em contato: twosides@twosides.org.br