A pesquisa “Trend Tracker 2023”, realizada pela Toluna a pedido de Two Sides junto a 10.250 pessoas em 16 países, incluindo 1.000 entrevistados no Brasil, mostra que o papel, as embalagens de papel e a comunicação impressa ganharam mais espaço na preferência dos consumidores após a pandemia.
Os dados da pesquisa realizada junto aos consumidores brasileiros mostram que a maioria dos entrevistados considera o papel um produto biodegradável (72%), mais barato (63%), melhor para o meio ambiente (58%), mais leve (57%) e mais fácil de reciclar (53%).
Quando indagados sobre o material de embalagem preferido, com base em 15 atributos ambientais, visuais e físicos, os consumidores apontaram o papel como o preferido em dez aspectos, liderando o ranking em relação aos demais: vidro (4), metal (1) e plástico (0).
Para 64% dos pesquisados a preferência é por embalagens de papel para as compras online, percentual que cresceu dois pontos percentuais em relação a 2021, assim como o número de consumidores que declararam estar tomando atitudes para aumentar o uso de embalagens de papel, que aumentou de 45% para 49% em 2023.
No que se refere ao desmatamento, 71% dos consumidores ainda acreditam que o consumo de papel, cartão e papelão causa desmatamento, embora esse índice tenha melhorado quando comparado aos 81% da pesquisa de 2021.
Comunicação impressa X dispositivos eletrônicos
Um ponto de destaque da pesquisa é que, na área da comunicação, a preferência pelo livro impresso avançou fortemente desde 2021. Agora, 64% dos consumidores preferem ler o livro impresso, em comparação a 37% em 2021. No caso dos veículos de comunicação, embora a preferência da maioria seja pela leitura nos dispositivos eletrônicos, o percentual de consumidores que passou a preferir a publicação impressa desde a pandemia mais do que dobrou no caso de revistas – de 17% em 2021, para 35% em 2023 –, enquanto o aumento foi de cinco pontos percentuais no caso dos jornais, onde o impresso representa 14% das preferências. E mesmo lendo cada vez mais jornais em dispositivos eletrônicos, 36% dos entrevistados querem que os veículos impressos permaneçam, em comparação a 31% que não desejam e 33% que são indiferentes a essa possibilidade.