RESPONSÁVEL: Equipe Two Sides Brasil 09/07/2019
Frequentemente pessoas e organizações defendem a substituição da comunicação impressa pela eletrônica, acusando a primeira de prejudicar o meio ambiente. No entanto, essas pessoas esquecem de considerar que, a rigor, todas as atividades humanas têm impactos ambientais, mas esses impactos também podem ter seu lado positivo.
Segundo os críticos, um dos problemas é que as plantações de eucaliptos e de pinus são monoculturas e, por isso, seriam danosas ao ambiente, ameaçando a biodiversidade. Mas, assim como tantas outras monoculturas, seu manejo adequado pode permitir um equilíbrio satisfatório com o meio ambiente. Esse tipo de manejo acontece nos plantios realizados pela indústria brasileira de base florestal. O Brasil já é o 7º país no ranking total de certificações do sistema FSC, a principal entidade certificadora de boas práticas no manejo florestal, respeitada mundialmente.
As áreas destinadas ao plantio de eucaliptos e pinus, para produção de celulose e papel, são áreas há décadas já destinadas à agricultura. Tal plantio em nada prejudica a manutenção de ecossistemas nativos. Ao contrário, a indústria brasileira de base florestal é responsável pela preservação de 5,6 milhões de hectares de matas nativas, ou seja, 0,7 hectares de matas preservadas para cada hectare de floresta plantada.
Como, para produção de celulose e papel, não se substituem florestas nativas por florestas plantadas, e considerando-se que as áreas utilizadas para isso são aquelas já legalmente destinadas à agricultura, não há que se falar em riscos de redução de biodiversidade em consequência dessa atividade agroindustrial. Pelo contrário, o setor dá uma importante contribuição nesse sentido.
As áreas de responsabilidade das indústrias de base florestal, incluindo árvores plantadas e florestas nativas preservadas e/ou recuperadas, representam menos de 2% do território nacional. Ainda assim, essa pequena extensão possui índices positivos de biodiversidade. O setor florestal trabalha com o plantio em mosaico, integrando vegetação natural e plantios comerciais, permitindo a formação de corredores ecológicos. Das espécies ameaçadas de extinção, 38% dos mamíferos e 41% das aves são encontradas nessas áreas. As aves merecem atenção especial. Das 1.924 espécies identificadas como existentes no Brasil, 985 foram avistadas nas áreas das empresas de base florestal. Isso se deve principalmente à conservação de ecossistemas naturais, à criação de corredores ecológicos que favorecem a conectividade e à redução do efeito de borda, bem como às boas práticas de manejo e colheita florestal. Tais números mostram que as áreas de conservação, associadas à exploração econômica de árvores plantadas, têm se tornado refúgio para a biodiversidade brasileira.
Equipe Two Sides Brasil
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