RESPONSÁVEL: Equipe Two Sides Brasil 09/01/2019
Queremos registrar, em nome do Country Manager – Fabio Mortara, nosso agradecimento e toda nossa gratidão ao Correio Lageano! Temos ótimas razões para #AmarPapel e Comunicação Impressa!
Siga a entrevista completa no vídeo e no texto fornecido abaixo:
Fabio Arruda Mortara é o gerente nacional da Two Sides Brasil. Foi presidente da associação brasileira da indústria gráfica (Abigraf) e da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf).
Correio Lageano: A preocupação ambiental está crescendo e, muitas vezes, o papel aparece como um fator ambiental negativo. O projeto Two Sides defende exatamente o oposto. Como é esse projeto?
Fabio Arruda Mortara: Com alguma lentidão, a indústria européia do papel criou este projeto em 2008, que prevê a defesa do papel como um produto sustentável. O papel que vem de uma floresta que foi plantada, no crescimento desta árvore sequestra o carbono, isto é, faz bem para o planeta. Caso contrário, o Brasil não teria assinado o protocolo de Paris, comprometendo-se a plantar 12 milhões de hectares de árvores. O produto mais nobre que a árvore pode dar, é claro, pode ter uma toalha de papel, um vaso sanitário ou algo assim, mas é o papel impresso, o livro, o jornal ou a revista. Essa é a idéia do Two Sides, mostrar o outro lado e combater os enormes ataques que o jornal sofre. Para nós, gráficos, às vezes vejo nas mensagens de rodapé mensagens como “pense antes de imprimir, fique atento, salve árvores”
Existe uma defesa do digital como ecologicamente correta em relação ao papel impresso. Como o Two Sides percebe isso?
Dois lados produziu um material básico que mostra apenas os mitos e fatos. Um material baseado em evidências absolutamente confiáveis, desde relatórios da ONU até o WWF, que é a entidade ambiental mais séria e suporta Two Sides. Isso nos deu segurança. Afirmamos coisas que têm que ser credíveis, confiáveis, temos 11 mitos e fatos sobre a cadeia produtiva do papel e um deles é sobre a questão da comunicação eletrônica, que seria mais ecologicamente correta do que o papel, esse é o mito, e o O fato é que a mídia eletrônica também tem impactos ambientais. Mostramos, com todas as evidências, como a questão eletrônica é complexa e pouco falada. Os grandes fabricantes são poderes eletrônicos e digitais, e abordam pouco esse assunto.
Como é o impacto da cadeia produtiva do papel e da indústria gráfica na economia brasileira?
A última pesquisa que fizemos, mesmo quando eu era presidente da Abigraf, mostrou que o setor era responsável por algo como 800 mil empregos. Ou seja, se você somar toda a indústria florestal, desde o viveiro até o momento em que a árvore é moída e se transforma em celulose, toda a indústria de papel e impressão, e os setores editorial e editorial que são fortes no Brasil. Não me lembro do PIB (Produto Interno Bruto), mas é extremamente relevante e ainda mais porque esse setor é responsável pelo lazer, cultura, informação e capacitação das pessoas no país, daí a importância desse grupo de atividade econômica. que tem que ser preservado e mostrar o seu valor.
Você mencionou que há um estudo sobre a diferença na aquisição de conhecimento através do livro impresso e do digital.
Como parte do projeto Two Sides, temos a revista Print Power, que publicamos no ano passado, mas tem artigos atemporais. O artigo principal mostra que tudo o que acontece em nossa mente tem uma conexão, e essa conexão é mais concreta, a retenção [do conhecimento] é maior quando temos uma leitura impressa. Nós tentamos mostrar isso aos educadores, especialmente. Uma grande editora do Brasil se uniu à Two Sides para ter material a ser disseminado para educadores. Esta editora é de um grupo espanhol muito forte que trabalha no Brasil há muitos anos e trabalha basicamente com educadores. Há um grande mal-entendido, não só em nosso meio, mas também naqueles que educam as próximas gerações e são os que estamos mirando.
Sem mencionar que a notícia falsa que no digital prolifera de forma assustadora e na forma, quem escreveu é responsável e tem que responder pelo que está registrado.
ANJ e Fenajori passaram a valorizar jornais e revistas para mostrar que o que é impresso tem essa responsabilidade. Isso é muito sério. No digital tudo é passageiro, volátil e efêmero. A impressão é o que resta.