RESPONSÁVEL: Equipe Two Sides Brasil 07/02/2019
Os jovens descobrem o prazer de pegar papel e caneta e anotar compromissos e projetos em um caderno – o bullet, em inglês mesmo e ali organizar a vida.
Por: MARIA CLARA VIEIRA
Revista Veja – 30 de janeiro de 2019
Se o Google tem agenda, se o smartphone tem agenda, se o relógio tem agenda, parece impossível que alguém ainda pegue papel e caneta para anotar seus compromissos, especialmente alguém com menos de 50 anos. Pois o impossível virou realidade, e partindo justamente da internet: jovens em busca de organização, sendo na imensa maioria mulheres passam uma parte do seu dia caprichando nas anotações em uma caderneta em branco a que dão o nome de bullet journal – um diário (journal, em inglês) em tópicos (bullet, no caso não tem nada a ver com bala de revólver, sua tradução literal, e remete àquelas bolinhas usadas para separar itens nos programas de texto). “Quem já é organizado tem a vida ainda mais facilitada. Quem não é aprende e melhora”, diz Renata Arrepia, da Sociedade Brasileira de Coaching, que usa e recomenda o recurso a seus pupilos.
Portador do transtorno de déficit de atenção, o designer americano Ryder Carroll, de 38 anos, elaborou o sistema de anotações, tabelas e checagem de resultados que batizou de bullet journal, “Bujo” para os íntimos. A disposição dos itens na caderneta é personalizada, adaptada às necessidades e aos desejos de cada um.
As páginas são divididas em dias e meses pelo prazo que melhor agrada ao freguês: um mês, um trimestre, um semestre. Em seguida, anotam-se as metas e os compromissos do período e aplica-se seu cumprimento aos dias da semana. Aí é ticar o feito e rearranjar o pendente, tomando o cuidado de analisar os avanços e recuos e, eventualmente, riscar algum objetivo do horizonte.
A matéria completa está disponível na revista Veja do dia 30 de janeiro de 2019.